Quanto vale a verdade, a honestidade e a dignidade de um servidor público?

No último dia 28/09/2023, chegou ao WhatsaApp do Nas Entrelinhas uns prints encaminhados por uma servidora docente, expondo as imagens de dois outros servidores do IFBA, dentre eles, uma técnica administrativa lotada na Reitoria.

DIREITO

Nas entrelinhas

10/22/20233 min ler

No último dia 28/09/2023, chegou ao WhatsaApp do Nas Entrelinhas uns prints encaminhados por uma servidora docente, expondo as imagens de dois outros servidores do IFBA, dentre eles, uma técnica administrativa lotada na Reitoria.

Especificamente, no que diz respeito à servidora TAE, trata-se de material da sua campanha eleitoral para a representação da categoria no Conselho Superior, no ano de 2021. Os cards foram desvirtuados, alterados, deturpados, uma montagem vil e maldosa, com tom de chacota e depreciativa, com a clara intenção de atingir a imagem, a honra, a respeitabilidade e boa fama da servidora, disseminados nas redes sociais. Ao seu card foi acrescido um balão de fala com o seguinte texto: “EU SOU PERSEGUIDA E APOIO PABIOLO”, demonstrando insensibilidade e desprezo com os recorrentes assédios e perseguições sofridos pela técnica administrativa, além da conduta misógina já que, de acordo com a docente que os enviou ao Nas Entrelinhas, ela os recebeu de um colega, do sexo masculino, também docente.

A atitude de usar a imagem com o intuito depreciativo, visando atingir a honra, a respeitabilidade e reputação da servidora, revela a falta de escrúpulos e o nível rasteiro de se fazer campanha de alguns. Isso porque a servidora TAE expôs e expõe abertamente que votará em qualquer outro(a) candidato(a) que não seja a Reitora ou quem ela possa indicar. Também não seria possível depois de tanto assédio e perseguição que sofreu e continua sofrendo na Reitoria.

O texto inserido no balão de fala dá a conotação depreciativa do apoio que a servidora possivelmente daria a um professor que se especula ser um futuro candidato a Reitor do Instituto. Com posicionamento político contrário, o suposto autor das montagens nos cards, assim como a servidora que os encaminhou para o Nas Entrelinhas, já haviam manifestado os seus votos em prol da reeleição da Reitora.

A falta de escrúpulos do(s) autor(es) revela um comportamento ou atitude imoral, antiético, insensível, revela o perfil de alguém que não tem o mínimo de consideração pelos valores comuns da sociedade e o desprezo pelo sofrimento de uma colega, servidora.

Tudo isso é agravado pelo fato de que a vítima, além de servidora do Instituto, era também Conselheira representante da categoria TAE que até o último dia 18 de outubro estava no pleno exercício do seu mandato e o suposto autor, de acordo com a RESOLUÇÃO CONSUP/IFBA Nº 113, DE 25 DE SETEMBRO DE 2023, já estava compondo a Comissão Eleitoral Central. Ou seja, como membro da Comissão Eleitoral Central ele agiu de forma parcial.

É claro que as medidas para a reparação, na esfera cível e criminal, foram tomadas e, administrativamente, a servidora representou contra os docentes.

Para além disso, diante da iminência do período de campanha eleitoral, para que seja garantida a lisura e transparência das eleições aos cargos de Reitor(a) e Diretores(as) dos campi, solicitou também a desvinculação do suposto autor, da Comissão Eleitoral Central (CEC), por ter evidenciada a sua parcialidade e suspeição. Mas, diante dos despachos assinados por ele nos recentes recursos que foram encaminhados à Comissão Eleitoral Central, nenhuma medida foi tomada, nem pela gestão, nem pela Comissão Especial do CONSUP, ou pelo próprio CONSUP.

Como se nada disso bastasse, a docente que tomou posse no Conselho Superior no último dia 18 de outubro - a mesma que encaminhou os prints ao Nas Entrelinhas - colocou o seu nome para compor a Comissão Especial do CONSUP quando deveria declarar-se impedida. Ou seja, irá atuar no julgamento do pedido de desvinculação do seu colega docente, suposto autor, com quem tem amizade muito próxima e, supostamente, co-autora nos atos praticados.

É lamentável que a Instituição tenha professor(es) com este comportamento, no seu quadro, atuando na formação do caráter dos seus alunos. Que alunos ele(es) contribuirão para formar? Geralmente, o aluno vê o seu professor como referência. Que referência será(ão) para os seus alunos? Ainda bem que se trata de caso isolado pois, a grande maioria tem consciência do seu compromisso social com a educação e com o Instituto.

Talvez esteja em situações como essas e várias outras a resposta para muitos dos problemas por que passa atualmente a Instituição, a exemplo da baixa adesão ao processo seletivo (PROSEL).

E ainda tem Conselheira que usa da palavra nas reuniões do CONSUP para promover o derramamento de verborragias e afirmar que a imagem da Instituição está sendo jogada na lata do lixo com fake news. Mas, ela deveria ser clara e objetiva e informar qual das Instituições tem a sua imagem manchada; se o IFBA, autarquia federal, portanto, pública, ou o IFBA particular. Na autarquia federal não se permite atitudes como as relatadas aqui. E, se é a autarquia federal a instituição a que se refere a Conselheira, ela tem o dever estatutário de denunciar, e se não o faz, deixa de cumprir com o seu dever de servidora. Ela sabe que fake news é crime, por que não denuncia?